A vidente de Lars Kepler - OPINIÃO


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«Por todo o mundo, sempre que a Polícia se depara com casos particularmente difíceis, recorre a médiuns e espíritas. No entanto, em nenhum documento figura a colaboração de um médium para a resolução de um crime.»

Flora Hansen diz-se espírita e garante ser capaz de falar com os mortos. Certo dia, ouve na rádio uma notícia sobre o caso de uma jovem assassinada num centro de acolhimento de menores e, na tentativa de ganhar um dinheiro extra, decide telefonar para a Polícia dizendo que o espírito da morta entrou em contacto com ela. No entanto, os resultados da investigação técnica atribuem a autoria do crime a outra das internas, uma jovem sensivelmente da mesma idade, que desde então está a monte.

O comissário da Polícia Joona Linna resiste à versão oficial e inicia uma investigação por sua própria conta. Mas cada nova resposta parece apenas conduzir a um novo enigma e a mais um beco sem saída.

E ninguém se dispõe a ouvir a vidente, embora ela fale com os mortos.

Opinião:

Foi com bastante ansiedade que aguardei a oportunidade de experimentar algum livro desta dupla de escritores tão conhecida no mundo dos policiais.
Nas primeira páginas fiquei imediatamente curiosa com o desenrolar da história e fui incapaz de pousar o livro antes de saber mais um pouco acerca do enredo.
Joona Linna é um comissário da polícia que enfrenta um processo interno por suspeita de má conduta, encontrando-se por isso afastado das investigações. Contudo, quando o inesperado acontece no Centro Birgitta (destinado ao acolhimento de jovens problemáticas) e ocorrem dois assassinatos de forma brutal, Joona não consegue manter-se afastado.
Num cenário chocante, são encontrados dois cadáveres, o de Miranda uma das jovens que habitava no centro encontrada deitada na cama e com as mãos a tapar a cara, e Elizabeth a Enfermeira responsável pelo turno nocturno encontrada brutalmente assassinada na destilaria.
Sem parecer existir a possibilidade de o criminoso ter vindo de fora, são encontradas provas que incriminam a mais jovem que entrou na instituição, Vicky Bennet. A jovem encontra-se desaparecida e durante a sua fuga é também acusada de raptar uma criança.
Mas será que Vicky de apenas quinze anos capaz de cometer um crime tão horrendo?
Linna acha que não mas todas as provas indicam o contrário, até que é contacto por Flora uma médium que afirma ter visto por várias vezes Miranda e que acha ser capaz de ajudar a encontrar o assassino.
Um livro fascinante que mostra diferentes perspectivas da história e que permite ao leitor envolver-se na história criando uma ansiedade só satisfeita com a descoberta do culpado.
Uma leitura que recomendo.

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