Nunca digas adeus - OPINÃO


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Num chuvoso dia de outono, Susan Wright entrou numa clínica, matou duas pessoas a sangue-frio e aguardou que a polícia chegasse. Terá sido um ato de loucura? Uma vingança planeada? Susan não parece interessada em defender-se e recusa falar. O seu silêncio estende-se a Beth Powell, a advogada a quem é atribuído o caso. Beth é uma mulher de sucesso com uma carreira brilhante mas nada a preparara para o momento em que identifica a autora daquele crime tão bárbaro. Quando eram crianças, Beth e Susan juraram ser amigas para sempre. Vinte e nove anos depois, mal se reconhecem. Mas as memórias dos verões felizes das suas infâncias são suficientemente poderosas para as unir de novo. Enquanto as provas contra Susan se acumulam, elas partilham recordações e revelam os segredos que ditaram o rumo das suas vidas. 
A amizade entre as duas mulheres torna-se cada vez mais forte mas sobre uma delas pende a implacável mão do destino…

Opinião:


Não é a primeira vez que tenho a oportunidade de ler um livro desta autora. Para mim a sua escrita deve fazer parte de qualquer estante, sobretudo porque não se baseia apenas na literatura romântica trazendo-nos sempre uma pitada de suspense e mistério. 
Graças a uma das nossas seguidoras, Norma Gondar, pude em primeira mão ler o livro que tanto me chamou a atenção através da sua sinopse. 
Confesso que logo nas primeiras páginas pelo simples facto de ser feita a descrição do crime que mudou a vida de Susan para sempre, fiquei imediatamente agarrada a esta história. Quando qualquer um de nós tem conhecimento de um homicídio brutal temos tendência a condenar a pessoa que o cometeu antes mesmo de sabermos as razões que a levaram a cometer tal acto. Com o avançar da história, não pude ficar indiferente à razão que levou Susan a matar sobretudo pela sua infância e adolescência difíceis, por tudo o que abdicou que a levou a perder-se no que poderia ter sido diferente. Na vida de Susan, Beth Powell teve um papel muito importante pois ambas partilharam a sua infância, as suas histórias até ao dia em que a vida da última mudou. Neste enredo que junta o passado com o presente, Beth é a minha personagem preferida, pois apesar de todas adversidades que a sua vida teve nunca desistiu de seguir em frente e de lutar para sobreviver. Por vezes, os caminhos mais fácies têm consequências piores e foi este caminho que Susan escolheu acabando por terminar como começou sozinha. 
Para mim Susan cometeu primeiro um acto de loucura que a levou a delinear mais tarde uma vingança planeada.

Escrito por:
Ana Barbosa (Direcção do blogue)

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