O
quanto é bom o paladar do amor. O quanto é dócil sentir a tua pele na minha. O
quanto é bom olhar-te nos olhos, e ter a certeza de que os teus dizem algo
mútuo dos meus. É um amor impossível. Eu quero, tu queres mas não basta. Eu
amo, tu amas mas não chega. Existem histórias assim, que o verbo querer e o
verbo amar não dá para se relacionar com o verbo juntar. Pelo que tudo indica,
a nossa história ficou nessa lista. Não me interrogues o motivo, não percas
mais tempo a tentar descobrir a resposta no meio dum labirinto tão grande. Não
sejas meticuloso. Não há mais tempo para perguntas, muito menos para obter
respostas. Existem abismos, os quais não somos capazes de os ultrapassar.
Existem alaridos que também não conseguimos vencer. Oculto o meu choro, o meu
sofrimento, e a minha solidão. Vai-te embora. Dói-me dizer-te isto, é como se me atirassem uma pedra tão
grande cada vez que eu diga isso mas é o destino. Não é o meu querer, não é o
meu coração, é o destino. Às vezes, o destino consegue ser superior do que nós
humanos. Vai. Eu ficarei aqui no meu cantinho, recordando o começo e chorando
pelo fim. Vai. Eu ficarei aqui a vaguear com a tua imagem gravada. Vai. Eu
ficarei aqui à espera de um novo rumo.O nosso barco partiu-se. O nosso remar não foi suficiente para aguentar.
Dissipou-se a magia que entre nós existia. Espalhou-se a alegria pelo ar. O
vento a levou. E assim ela foi, com aquele vento maldito, tão forte.
Derrubou-nos. Meu amor, não sei como me despedir. Vivemos tudo de tal maneira intenso, vivemos
tudo de tal maneira maravilhoso que não me capacito que o fim chegou. Um amor
impossível para o resto da vida. Perdoa-me. Não sei o que me irás perdoar, pois
quem é encarregue deste abismo, deste fim é o destino. Meu amor, tu compreendes-me. É a voz do meu coração a falar alto demais. Não
consigo escutar o som dos pássaros, nem sentir o calor intenso do sol. Pára.
Fecha os olhos. Sai desta ridícula realidade. Vamos por últimos momentos entrar
numa ficção? Já fechaste os olhos? Agora imagina, imagina só aquele sol que nos
iluminava, aquela estrela que nos seguia. O nosso beijo vagaroso mas sentido. E
o mais essencial, sente só. Sente o nosso amor. Se abrires os olhos verás que
já nada está na realidade. Nada? Não digas nada. Há algo que está realidade e
em todo o lado. Sabes o quê, meu amor? O nosso amor eterno. Vai, meu anjo.
Ganha poder, ganha asas e voa o mais alto que poderes. Vai para o topo e vai à
busca da tua felicidade. Não vês o sol a dar-te forças? Não digas que não. Olha
eu aqui. Não dizias que era eu o teu sol? Ainda permaneço aqui. Ainda, disse
tão bem. Mas esse ainda vai acabar-se neste preciso
momento. Adeus meu amor. Escrito por Ana Silva
Que lindo.. fiquei fascinada com o texto.. desejo os parabéns à escritora e muito sucesso num futuro como escritora.. se já o for desejo muitos livros publicados..
BrunaYara
esta mesmo bonito, continua assim! *
cátiaalexandra.
adorei, é um texto com bastante sentimento. parabéns, és uma grande escritora.
Carina Silva
está mesmo bonito & sentido !
gostei imenso Ana (:
MAGNIFICO...Parabens Ana :)
Ass: Minnie